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domingo, 24 de março de 2013

Videogames e as crianças

Há muito tempo não assistia Supernanny (Jo Frost - GNT), e apesar de não ser uma unanimidade na opinião de muitos pais, existem muitas questões levantadas no programa que levam à uma reflexão dos nossos atos em casa com nossos filhos.

Hoje em "Conselhos de Supernanny" foi abordado o efeito dos videogames no comportamento das crianças . E com isso lembrei de um outro episódio em que ela é chamada para ajudar uma mãe cujo filho passa horas na frente do computador, jogando videogame; não se levanta nem para comer, só sai de casa para ir à escola.

Levando em consideração que o videogame pode ser um meio de entretenimento saudável até o ponto em que não interfira na interação social, ou torne-se o centro das atenções do lar, presenciamos inclusive muitos adultos que são realmente viciados, o que vem a ser mais preocupante para as crianças, pois estão ainda em processo de formação.

Sobre o assunto, compartilho reportagem sobre um estudo realizado na Grã-Bretanha que aborda aspectos preocupante sobre os efeitos comportamentais em crianças e adolescentes. Isolamento, falta de colaboração em casa, agressividade e a negligência dos pais, são alguns dos apontamentos.

Excesso de videogames eleva isolamento e agressividade das crianças, diz estudo
Videogame | Foto: AFP

Crianças que desenvolvem vício por videogames podem anular capacidade de interação social
Crianças que jogam até 16 horas de videogames por dia podem estar viciadas e desenvolver comportamento mais agressivo, intolerante e de isolamento da sociedade, segundo aponta um estudo da Associação Britânica de Gerenciamento da Raiva (BAAM, na sigla em inglês).


Em uma pesquisa que ouviu 204 famílias da Grã-Bretanha, a entidade ressalta os riscos do excesso da atividade e a necessidade de que os pais estabeleçam limites na relação que as crianças desenvolvem com os jogos eletrônicos.


Os pais de crianças entre 9 e 18 anos acreditam que o videogame influencie o convívio familiar e as habilidades sociais de seus filhos. A pesquisa apurou que 46% dos pais acham que o excesso dos jogos leva a menos cooperação em casa.

"A situação mais típica que encontramos é da criança que se torna irritada e agressiva quando solicitada a arrumar o quarto, fazer os deveres de casa ou jantar, quando o que ela realmente quer é continuar jogando videogame", disse à BBC Brasil Mike Fisher, diretor da BAAM.

Na escola, professores se queixam de alunos com falta de concentração, sonolência, irritabilidade e dificuldades de interagir com os colegas.

Riscos e excessos

Tempo gasto jogando videogames:


  • 1-5 horas 17%
  • 6-10 horas 25%
  • 11-15 hours 18%
  • 16 horas ou mais 28%
  • Meu filho não joga 3%
  • Sem resposta 5%

Alterações de comportamento:


  • Menos cooperação familiar 46%
  • Raiva e intolerância com os outros 44%
  • Menos interação social 42%
  • Menos interesse em exercícios físicos 41%
  • Mais impaciente 40%
  • Mais frustrado 38%
  • Comportamento mais agressivo 35%
  • Alterações de humor mais frequentes 29%
  • Mais isolado 25%
  • Maior concentração 21%


Com quem seu filho joga?

  • Sozinho 67%
  • Com amigos 38%
  • Em plataformas online 54%
  • Não sei 1%
Fonte: Associação Britânica de Gerenciamento da Reiva (BAAM)


Mas esses são apenas alguns dos efeitos que a obsessão pelos jogos pode causar, explica Fisher.

Estudos e exemplos práticos mostram que a continuidade do isolamento social pode levar a casos extremos como o dois dois adolescentes que mataram 12 colegas e um professor em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, e do norueguês Anders Breivik, que em julho do ano passado matou 69 pessoas em um ataque a uma colônia de férias.


Nos dois casos emblemáticos os assassinos passavam mais de dez horas por dia jogando videogames violentos.


"Breivik admitiu jogar ‘Call of Duty’, um game de violência, por mais de 16 horas por dia, com o objetivo de treinar a coordenação necessária para atirar com eficiência", diz Fisher.

Fuga da realidade



Embora o início do interesse pelo videogame esteja relacionado a uma diversão saudável - estágio no qual muitas crianças e adolescentes permanecem e que não tem grandes efeitos nocivos - o aumento do número de horas em frente da tela e o distanciamento do convívio social está ligado a uma fuga de questões emocionais.

"Atualmente as famílias e a escola não estão preparadas para lidar com a crescente frustração e outras dificuldades enfrentadas pelas crianças. Muitos encontram nos videogames uma realidade virtual para fugir de suas próprias emoções", diz Fisher.



Anders Breivik, que matou 69 pessoas, admitiu treinar habilidades de tiro com videogames violentos

Na visão da BAAM, que oferece tratamento e sessões de terapia a jovens entre 13 e 17 anos, em casos extremos a capacidade de empatia e cooperação com outros seres humanos chega a ser praticamente anulada.

Os resultados mostram que 67% das crianças jogam sozinhas, 38% com amigos e 54% em plataformas online.

Muitos adolescentes não conseguem mais se identificar com sentimentos de compaixão, solidariedade e outros aspectos de convivência em grupo, e alguns chegam a replicar as cenas de violência dos jogos na realidade, quando confrontados com desafios, ordens, pedidos ou situações em que ficam irritados com irmãos, amigos ou colegas de classe.


Limites


Os resultados da pesquisa britânica reforçam tais padrões psicológicos e alertam para a necessidade de os pais identificarem e tomarem atitudes.


Para Mike Fischer, as famílias precisam deixar claro às crianças e adolescentes que o desrespeito às regras da casa e o número excessivo de horas em frente à tela do videogame serão punidos.


"Achei que teríamos resultados ainda mais negativos, mas de qualquer forma são números preocupantes. Os pais precisam determinar a quantidade de horas que as crianças jogam. Muitos pais querem paz e tranquilidade, e assim a criança aprende que ao ficar irritada conseguirá o que quer", diz o diretor da BAAM, acrescentando que a entidade treina os pais a estabelecerem limites.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Berçário ou Babá?

Depois dos primeiros meses de adaptação com um bebê em casa, as coisas parecem ter entrado nos eixos.
Mas surge um problema que antes parecia tão longe: o final da licença-maternidade.

Para muitas mães pensar em ficar longe do seu bebê é um pesadelo que gostariam de nunca ter, mas a separação é inevitável.

Encarar este momento com calma é a melhor opção. Nada de ficar se martirizando, pensando ser a pior mãe do mundo porque tem que voltar ao trabalho. A melhor forma de lidar com esta situação é encará-la de frente, e colocar na cabeça algumas coisas:

1ª Este momento irá acontecer e não há o que fazer.

Com certeza passará pela mente da mamãe como seria bom poder passar o resto da vida cuidando de todos os passos do filho. Mas temos que pensar que, se o seu emprego é indispensável para o andamento financeiro do lar, deixar de trabalhar é uma hipótese que não pode ser cogitada.

2ª Mamãe e bebê precisam de seus momentos de individualidade

O cordão umbilical já foi cortado há um bom tempo. Ou seja, a presença da mãe 24h ao lado do bebê não é mais indispensável para a sua sobrevivência. A mamãe deve pensar que a criança está crescendo e logo estará andando, falando, e precisará ser um pouco independente.
Já a mãe, após alguns meses de dedicação exclusiva, também precisa dos seus momentos individuais, longe um pouco de chupetas, fraldas e mamadeiras. Voltar ao trabalho também será muito bom. Voltar a se relacionar com as pessoas fora do contexto "crianças" dará novo ânimo.

3ª Não se culpe 

O sentimento de culpa em achar que está abandonando seu filho não deve existir. As pessoas acabam cobrando mais de nós se nós deixarmos que isso aconteça. Seja na escola ou com babá, a criança estará muito bem, e rapidamente estará adaptada a nova realidade. A adaptação mais difícil é para a mãe, pode ter certeza!!


Por experiência própria, este momento da separação não foi doloroso, pois me preparei psicologicamente para ele, com muita calma e pensando que eu não poderia largar o meu emprego para cuidar exclusivamente do meu filho sem que esta decisão não pesasse no futuro, em forma de cobrança. E esta cobrança surgiria no dia em que ele crescesse e quisesse seguir o rumo de sua vida. 

A DECISÃO

Estando plenamente preparada para o momento que virá, chega, enfim, a decisão mais difícil: Berçário ou Babá?


Para as duas opções existem os "prós e os contras".

Babá

Nos dias de hoje, encontrar alguém de confiança, que cuide do seu filho da mesma forma (impossível, né?!) que nós, é uma tarefa difícil. Diante de tantos casos de violência contra crianças que são mostrados constantemente nos jornais, o medo de que o mesmo aconteça com o seu bebê é algo que preocupa.

Além do fator confiança, é preciso lembrar que contratar uma babá traz algumas despesas além do pagamento de salário. INSS e transporte são algumas delas. Com mais uma pessoa diariamente em casa, significa que também as despesas com supermercado serão maiores.

Realizar entrevistas e, após a seleção, reservar alguns dias para a adaptação com a sua presença em casa são pontos primordiais e indispensáveis. É preciso acompanhar de perto a forma como a babá cuidará do seu filho, além de passar para ela orientações e preferências dos pais quanto aos cuidados e rotina da criança.

Se a babá que você contratar for cuidadosa, atenciosa e gostar do seu filho, com certeza você terá uma grande aliada para rotina da família e da casa.

Berçário

Os berçários são uma ótima opção, pois foram projetados exatamente para as necessidades dos pequenos. Piso, paredes e objetos não representam um perigo constante, principalmente quando as crianças estão engatinhando ou ensaiando os seus primeiros passos.
Além disso, a convivência com outras crianças auxiliará no desenvolvimento e interação do bebê. 
E com certeza, os profissionais que trabalham na escola passaram por um rigoroso processo de seleção até chegarem ali.
Sem contar que, no final das contas, literalmente, o valor do berçário será quase igual ao custo de ter uma babá.

Assim como a babá, no berçário é necessário um período de adaptação. Levar a criança para passar algumas horas por dia antes de deixá-la todo o período contratado é indispensável. Os pais devem acompanhar de longe a adaptação do filho, e no caso de a criança estranhar e chorar, os pais estarão presentes para contornar a situação. Depois de alguns dias seu bebê estará tranquilo e completamente adaptado.

A desvantagem do berçário é que no início da convivência com outras crianças, seu bebê ficará vulnerável a viroses e outras doenças. Isto também passará com o tempo, mas é inevitável.

Uma outra opção

Além destas opções, existem aqueles pais que podem contar com a ajuda dos avós para cuidar da criança ao fim da licença-maternidade.
Com toda certeza, a criança será muito bem cuidada, sem o risco de estar sendo cuidada por uma pessoa estranha e sem estar vulnerável a doenças.
Porém, será justo ocupar diariamente as vovós e os vovôs num período da vida em que eles merecem gozar o descanso almejado após tantos anos de trabalho e filho criados?
Muitas vezes também a educação da criança ganha duas linhas: com meus pais não pode isso, mas com a (o) vovó(ô) pode! 

Não existe opção certa ou errada. São apenas questionamentos que cada um deve fazer conforme a sua realidade. Nada pior do que estar no trabalho com a cabeça em casa ou na escola, ligando de 10 em 10 minutos para saber o que está acontecendo ou o que a criança esta fazendo ou sentindo. O importante é que a mamãe tenha certeza que fez uma boa escolha, e que possa retornar ao trabalho tranquila!