terça-feira, 4 de outubro de 2011

Berçário ou Babá?

Depois dos primeiros meses de adaptação com um bebê em casa, as coisas parecem ter entrado nos eixos.
Mas surge um problema que antes parecia tão longe: o final da licença-maternidade.

Para muitas mães pensar em ficar longe do seu bebê é um pesadelo que gostariam de nunca ter, mas a separação é inevitável.

Encarar este momento com calma é a melhor opção. Nada de ficar se martirizando, pensando ser a pior mãe do mundo porque tem que voltar ao trabalho. A melhor forma de lidar com esta situação é encará-la de frente, e colocar na cabeça algumas coisas:

1ª Este momento irá acontecer e não há o que fazer.

Com certeza passará pela mente da mamãe como seria bom poder passar o resto da vida cuidando de todos os passos do filho. Mas temos que pensar que, se o seu emprego é indispensável para o andamento financeiro do lar, deixar de trabalhar é uma hipótese que não pode ser cogitada.

2ª Mamãe e bebê precisam de seus momentos de individualidade

O cordão umbilical já foi cortado há um bom tempo. Ou seja, a presença da mãe 24h ao lado do bebê não é mais indispensável para a sua sobrevivência. A mamãe deve pensar que a criança está crescendo e logo estará andando, falando, e precisará ser um pouco independente.
Já a mãe, após alguns meses de dedicação exclusiva, também precisa dos seus momentos individuais, longe um pouco de chupetas, fraldas e mamadeiras. Voltar ao trabalho também será muito bom. Voltar a se relacionar com as pessoas fora do contexto "crianças" dará novo ânimo.

3ª Não se culpe 

O sentimento de culpa em achar que está abandonando seu filho não deve existir. As pessoas acabam cobrando mais de nós se nós deixarmos que isso aconteça. Seja na escola ou com babá, a criança estará muito bem, e rapidamente estará adaptada a nova realidade. A adaptação mais difícil é para a mãe, pode ter certeza!!


Por experiência própria, este momento da separação não foi doloroso, pois me preparei psicologicamente para ele, com muita calma e pensando que eu não poderia largar o meu emprego para cuidar exclusivamente do meu filho sem que esta decisão não pesasse no futuro, em forma de cobrança. E esta cobrança surgiria no dia em que ele crescesse e quisesse seguir o rumo de sua vida. 

A DECISÃO

Estando plenamente preparada para o momento que virá, chega, enfim, a decisão mais difícil: Berçário ou Babá?


Para as duas opções existem os "prós e os contras".

Babá

Nos dias de hoje, encontrar alguém de confiança, que cuide do seu filho da mesma forma (impossível, né?!) que nós, é uma tarefa difícil. Diante de tantos casos de violência contra crianças que são mostrados constantemente nos jornais, o medo de que o mesmo aconteça com o seu bebê é algo que preocupa.

Além do fator confiança, é preciso lembrar que contratar uma babá traz algumas despesas além do pagamento de salário. INSS e transporte são algumas delas. Com mais uma pessoa diariamente em casa, significa que também as despesas com supermercado serão maiores.

Realizar entrevistas e, após a seleção, reservar alguns dias para a adaptação com a sua presença em casa são pontos primordiais e indispensáveis. É preciso acompanhar de perto a forma como a babá cuidará do seu filho, além de passar para ela orientações e preferências dos pais quanto aos cuidados e rotina da criança.

Se a babá que você contratar for cuidadosa, atenciosa e gostar do seu filho, com certeza você terá uma grande aliada para rotina da família e da casa.

Berçário

Os berçários são uma ótima opção, pois foram projetados exatamente para as necessidades dos pequenos. Piso, paredes e objetos não representam um perigo constante, principalmente quando as crianças estão engatinhando ou ensaiando os seus primeiros passos.
Além disso, a convivência com outras crianças auxiliará no desenvolvimento e interação do bebê. 
E com certeza, os profissionais que trabalham na escola passaram por um rigoroso processo de seleção até chegarem ali.
Sem contar que, no final das contas, literalmente, o valor do berçário será quase igual ao custo de ter uma babá.

Assim como a babá, no berçário é necessário um período de adaptação. Levar a criança para passar algumas horas por dia antes de deixá-la todo o período contratado é indispensável. Os pais devem acompanhar de longe a adaptação do filho, e no caso de a criança estranhar e chorar, os pais estarão presentes para contornar a situação. Depois de alguns dias seu bebê estará tranquilo e completamente adaptado.

A desvantagem do berçário é que no início da convivência com outras crianças, seu bebê ficará vulnerável a viroses e outras doenças. Isto também passará com o tempo, mas é inevitável.

Uma outra opção

Além destas opções, existem aqueles pais que podem contar com a ajuda dos avós para cuidar da criança ao fim da licença-maternidade.
Com toda certeza, a criança será muito bem cuidada, sem o risco de estar sendo cuidada por uma pessoa estranha e sem estar vulnerável a doenças.
Porém, será justo ocupar diariamente as vovós e os vovôs num período da vida em que eles merecem gozar o descanso almejado após tantos anos de trabalho e filho criados?
Muitas vezes também a educação da criança ganha duas linhas: com meus pais não pode isso, mas com a (o) vovó(ô) pode! 

Não existe opção certa ou errada. São apenas questionamentos que cada um deve fazer conforme a sua realidade. Nada pior do que estar no trabalho com a cabeça em casa ou na escola, ligando de 10 em 10 minutos para saber o que está acontecendo ou o que a criança esta fazendo ou sentindo. O importante é que a mamãe tenha certeza que fez uma boa escolha, e que possa retornar ao trabalho tranquila!