sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Surto de Catapora

Após um alerta recebido pela escola, procurei informações sobre quais os perigos de um surto de catapora. Quais os cuidados que os pais precisam ter, caso seja verificado um surto em sua cidade.

Com as vacinas em dia, a chance de contrair ou sua gravidade são minimizadas.

A boa notícia é que a rede pública de saúde passa a oferecer a vacina contra a Varicela juntamente com a Tetra viral. Esta oferta será exclusivamente para crianças de 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral. (Notícia completa no Portal da Saúde)

Até então, somente na rede privada era possível encontrar a vacina, num custo médio de R$150,00.

As informações abaixo foram retiradas dos sites Albert Einstein e Bebê.com.br

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Catapora:A Catapora, também conhecida como Varicela, é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissível, causada pelo vírus varicela-zóster. Está classificada entre as afecções do tipo exantemáticas, aquelas que trazem como conseqüência erupções na pele.



A doença é mais comum em crianças entre 1 e 10 anos, porém pode ocorrer em pessoas suscetíveis - não imunes - de qualquer idade. Na maioria das vezes evolui sem consequências mais sérias, mas em pessoas com imunodeficiência ou em adultos, o quadro pode resultar numa manifestação hemorrágica grave, pneumonia e infecção bacteriana secundária, devido à contaminação das feridas da pele.


Em todo inverno observa-se um aumento do número de casos da doença, explicado pela permanência maior das crianças em ambientes fechados, como creches e salas de aula, além de salas de espera de consultórios. Por isso, a catapora é considerada uma doença endêmica e não epidêmica, como esclarece o dr. Jacyr Pasternak, infectologista e presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE): "A varicela não nos pega de surpresa. Todo ano há um aumento do número de casos, sazonalmente". É previsto e esperado. Por isso mesmo ele recomenda: "Para evitá-la a melhor forma é a vacinação".

Sintomas

O principal sintoma da catapora, a erupção na pele, tem início após um período de incubação que varia entre 10 e 21 dias. Num primeiro momento as lesões são do tipo macular, que se caracterizam por bolinhas vermelhas. Rapidamente evoluem para formar pequenas vesículas, bolhas, com conteúdo líquido que se rompem e dão origem às feridas. Essas feridas ganham uma crosta na fase de cicatrização. Caso cocem, só há riscos de cicatriz externa quando e se a ferida infeccionar. A geografia da doença começa no tronco e só depois se dissemina para braços e pernas. Acompanham as erupções: febre, prurido (coceira) e desconforto generalizado.

Transmissão

Ocorre, principalmente, pelas gotículas de saliva, pelo espirro e pela tosse ou pelo contato direto com o líquido das bolhas. Mais raramente, pode acontecer de forma indireta, pelo contato com objetos recém-contaminados com secreção das vesículas.

É possível ainda a transmissão da varicela durante a gestação, através da placenta. Pessoas acometidas pelo vírus transmitem a doença durante todo o período de formação das lesões da pele, que dura, em média, de cinco a sete dias.

A varicela pode ser transmitida ainda no período de incubação (tempo entre contato e surgimento da doença), que pode ser tão longo como levar de duas a três semanas.

Tratamento

Por ser uma doença viral, o ideal é a prevenção através da vacina. Uma vez contaminado, o paciente deve ficar em casa, longe do convívio social, e esperar que as lesões da pele cicatrizem, para só aí retomar sua rotina normal.

Via de regra são administrados antitérmicos para controlar a febre e a prostração. Mas há também medicamentos antivirais efetivos para tratar os casos mais graves, especialmente em imunodeprimidos (indivíduos com deficiência imunológica, seja por doenças como HIV, ou por tratamentos de quimioterapia) e adultos.

Além disso, os médicos alertam que não se administre aspirina ou outros medicamentos contendo ácido acetilsalicílico (AAS) para baixar a febre em crianças com a doença porque há registro, na literatura médica, de uma síndrome que acomete o fígado e pode causar coma, atribuída ao uso desse medicamento durante o quadro. É a chamada Síndrome de Reye, que atinge o sistema neurológico. Em substituição aos derivados de AAS, recomendam o paracetamol.
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Questionamentos

Mesmo vacinada, a criança pode ser contaminada pela catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Sim, pode. A diferença é que em uma criança vacinada a doença é mais leve. Para se ter uma ideia, a catapora normal provoca entre 250 e 500 lesões na pele - aquelas bolinhas vermelhas. A catapora em uma pessoa vacinada varia entre 20 e 40 bolinhas, ou seja, menos de 10% do que em alguém não-vacinado.

Quais são as complicações da doença?
Evandro Roberto Baldacchi - A população tem uma ideia de que a catapora é benigna, mas essa é só uma parte da verdade. Ela é uma doença séria que não pode ser banalizada pois causa complicações e pode levar à morte. A criança pode desenvolver infecção nas lesões, infecção geral no organismo, alterações no sangue como baixa das plaquetas e, em casos graves, pode comprometer o sistema nervoso.

O que a gestante deve fazer se tiver contato com alguém contaminado?
Evandro Roberto Baldacchi - Deve procurar o médico para receber orientação e, se necessário, tomar um anti-viral.

Quais são as complicações em gestantes que tiveram contato com catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Se ela estiver com até 20 semanas de gestação e se contaminar com catapora, pode causar comprometimento do sistema nervoso do feto ou desenvolver doenças como focomelia - que deixa braços e pernas mais curtos. Depois de 20 semanas, se tiver contato com o vírus, é provável que não aconteça nada. Agora, se a gestante adquirir catapora até cinco dias antes ou até dois dias depois do parto, existe um risco muito grande de o bebê desenvolver varicela congênita, que pode levar à morte.

Existe alguma maneira de evitar a catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Infelizmente é muito difícil porque dois dias antes de aparecerem os primeiros sintomas, que são febre e as manchinhas, a criança já está transmitindo a doença. Lógico que os pais não mandam a criança para a escola quando os sintomas aparecem, mas ela já espalhou o vírus antes.

Como acontece o contágio?
Evandro Roberto Baldacchi - Pode acontecer pelo contato direto com as lesões ou pode acontecer o contágio aéreo, através da tosse, da fala, das brincadeiras face a face.

O que os pais devem fazer se a criança pegou catapora?
Evandro Roberto Baldacchi - Procure um médico para receber orientação. É muito importante preservar a integridade das lesões, ou seja, não coçar, não cutucar, lavar com sabonete anti-séptico e colocar roupas longas na criança. Por fim, deixe o pequeno em casa por uma semana até que ele esteja curado.

Enquanto houver o surto de catapora é melhor deixar o pequeno em casa? Qual o risco real de levar a criança para a escola?
Evandro Roberto Baldacchi - Existe um perigo real, mas não há motivo para entrar em pânico. Se a criança está vacinada, não existe praticamente risco nenhum de contrair a doença e, caso aconteça, será uma varicela leve e sem complicações. É importante ficar alerta pois catapora não é uma doença banal. O melhor é prevenir e nunca facilitar.

Por que é comum o aumento de casos de catapora nessa época do ano?
Evandro Roberto Baldacchi - Alguns vírus têm caráter sazonal, que é o caso da catapora. É mais comum nos meses entre julho e outubro