quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Qual o sexo do bebê?

Que mãe não se pegou pensando se está esperando um menino ou uma menina? A ansiedade dos meses iniciais, onde ainda não é possível saber o sexo do bebê, já pairou pela cabeça de quase todas as mulheres.

Para aquelas que não aguentam esperar alguns meses para descobrir a cor para decorar o quarto do bebê, existe a opção do exame de sexagem fetal, pela técnica PCR.

Segue um artigo do site Planeta Bebê que explica com detalhes este exame.





Sexagem Fetal

Matando a curiosidade mais cedo



Atualmente é raro encontrar casais que preferem esperar o momento do parto para satisfazer a curiosidade quanto ao sexo do bebê.

Cada vez mais, eles têm pressa em saber se o filho vai ser um menino ou uma menina, para o quanto antes lhe dar um nome, fazer planos, comprar o enxoval e até preparar e decorar o quarto tão sonhado.

Hoje, para a alegria dos pais, não é mais preciso esperar até a 17ª semana para fazer a ultra-sonografia com este objetivo. Com apenas um pouquinho de sangue da mamãe, com oito semanas de gestação, já é possível saber o sexo do bebê, independente da posição do feto para fazer a identificação. 

Após a grande descoberta do cientista chinês Y. Dennis Lo, de que no plasma materno existe DNA do feto, o biólogo molecular José Eduardo Levi, do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, realizou um estudo por seis anos para desenvolver um teste que identifica fragmentos do cromossomo Y no sangue materno. 
Estamos falando da Sexagem Fetal, um teste que, embora esteja sendo realizado desde 2003 aqui no Brasil, e ficando cada vez mais popular, ainda é desconhecido pela maioria dos casais. 

O teste é realizado através da análise do DNA fetal presente no sangue da mãe, pela técnica PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), isto é, a amplificação do DNA. 
Durante a gestação existe a passagem de uma pequena quantidade de células fetais para o sangue materno, através da placenta. O exame dessas células revela o sexo fetal por um procedimento não-invasivo e sem riscos, pois requer apenas a coleta de uma amostra de no máximo 20ml de sangue da mãe. A enorme sensibilidade da PCR permite detectar pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma materno. 

Este teste fundamenta-se na identificação de partes do cromossomo Y - aquele que determina o sexo masculino no ser humano - na circulação materna. Após a coleta, o plasma é separado e o DNA, isolado do mesmo, é submetido à reação de PCR com oligonucleotídeos iniciadores derivados do gene DYS14 específico do cromossomo Y. 
O método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro e com índices de acerto superiores a 99% a partir de 8 (oito) semanas de gestação. 

Trocando em miúdos, a Sexagem Fetal é um teste não-invasivo, com excelente grau de acerto, a mulher não precisa de nenhuma preparação especial (não há necessidade de jejum) e todas as grávidas podem se submeter a ele. 

Com uma pequena amostra do sangue da mãe pode se encontrar poucas quantidades de DNA do feto. A presença do cromossomo “Y” indica que é um menino e a ausência dele, uma menina. No caso de gêmeos, se forem idênticos, univitelinos, o resultado é válido para os dois fetos. Em gêmeos fraternos, bivitelinos, o resultado “Y”, significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas. 

O teste pode ser feito nos maiores hospitais e laboratórios do Brasil e o resultado sai em aproximadamente 5 dias úteis. 
O preço é salgado, em torno de R$300,00 a R$450,00, mas parece valer o alívio da curiosidade dos pais. 


Estatística brasileira publicada:



Devido aos dados da tabela acima, a idade gestacional mais apropriada para realização do teste é a partir da 8ª semana. 

Atualmente, a Sexagem Fetal serve apenas para a determinação precoce do sexo, entretanto, outras aplicações para o DNA fetal obtido a partir do plasma materno estão sendo pesquisadas, o que permitirá, no futuro, o diagnóstico não-invasivo de uma série de doenças, tais como a ß-talassemia (tipo hereditário de anemia), a acondroplasia (nanismo) e até a Síndrome de Down. 

Acredita-se que, num futuro bem próximo, testes desse tipo venham a substituir a amniocentese (coleta de amostra de líquido amniótico) e biópsia de vilo corial (amostra da placenta) para obtenção do cariótipo fetal. As dificuldades residem no fato de a quantidade de células fetais no sangue materno ser muito pequena e de difícil identificação. 
Também será possível a determinação do genótipo Rh (D) fetal com esta mesma metodologia. 




Alguns fatores que podem influenciar no resultado do teste:


Abortamento subclínico 

No caso do resultado encontrado ser um teste positivo para cromossomo Y (feto masculino) e posteriormente verificar-se ser um feto feminino, a possibilidade que deve ser levantada é se a mãe foi submetida a procedimento de hiperovulação e/ou fertilização “in vitro”, com gravidezes múltiplas (2 ou mais embriões). Nestes casos não é incomum que um ou mais embriões não sobrevivam; e já existem estudos mostrando que a detecção do DNA destes embriões pode persistir por até 2 semanas, depois de, por exemplo, um episódio de aborto. Se o embrião abortado for do sexo masculino, estará explicada a incoerência entre o resultado do teste de Sexagem Fetal e o sexo do feto em progressão. Outra explicação seria se a mãe houvesse recebido transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem. 


Causa desconhecida 

Para o resultado de sexo feminino, que posteriormente verifica-se ser uma gravidez de feto masculino, a explicação mais simples é a falta de sensibilidade do teste. Como a sensibilidade do teste é controlada para ser a mesma em todas as análises, provavelmente havia uma quantidade muito pequena de DNA fetal no plasma materno no momento da coleta, que o teste não foi capaz de detectar. Ainda não se sabe o que faz a quantidade de DNA fetal ser maior ou menor no sangue da mãe, por isso ainda não é possível levantar as causas deste tipo de falha. No entanto, é fato que a quantidade de DNA fetal vai aumentando com o avançar da gravidez; portanto, supõe-se que o tamanho do feto e a vascularização placentária relacionam-se diretamente com a quantidade de DNA fetal no plasma materno. 

Vale ressaltar que na prática estes erros são raríssimos. 




Dúvidas mais frequentes


Quanto custa este teste? 

O teste custa em torno de R$300,00 a R$450,00, dependendo do hospital ou laboratório. Nos laboratórios Elkis e Furlanetto e Delboni Auriemo de São Paulo, por exemplo, o valor está por volta de R$340,00. Já no Hospital São Luiz, o teste está saindo por aproximadamente R$300,00 e no Hospital Sírio-Libanês R$360,00, os dois também em São Paulo. 


Os convênios médicos cobrem este tipo de exame? 

Não, pois ele não é considerado um exame de rotina ou estritamente necessário na gravidez. 


Quanto tempo demora para sair o resultado? 

Na maioria dos hospitais e laboratórios o resultado do teste sai em 5 dias úteis. 


Quem pode fazer o teste? 

Qualquer mulher grávida pode se submeter a este teste. Porém, ele não detecta gravidez. Assim, se uma mulher que não estiver grávida fizer o teste, este apontará resultado de menina, pois apenas identificará a ausência de DNA masculino. 


A sexagem fetal pode ser feita sem pedido médico? 

Sim, como é um exame não-invasivo e sem riscos, não é necessária solicitação médica. 


Qual é a idade gestacional ideal para a realização do teste? 

O teste pode ser realizado em qualquer fase gestacional, mas os índices de acerto são maiores com o avançar da gravidez. Portanto, aconselha-se que o teste seja feito a partir da 8ª semana, pois desta idade gestacional em diante o acerto é de praticamente 100% . 


O fato de a gestante ter tido gestações anteriores de meninos ou meninas interfere no resultado? 

Não. Mesmo em casos de a gestante ter gestações anteriores de menino ou menina não há interferência no resultado, pois o DNA fetal é rapidamente eliminado da circulação materna horas após o parto. 


E se a gravidez for gemelar (gêmeos)? 

Para gêmeos univitelinos (idênticos) o resultado é válido para ambos. Para gêmeos fraternos (mais de uma placenta), se o resultado do teste for menino, isto quer dizer que ao menos um dos gêmeos é menino. Se o resultado do teste for menina, indica que ambas as gêmeas são meninas. 


Pode haver resultado inconclusivo? 

Sim, estudos preliminares indicam que 5% dos testes apresentam resultados inconclusivos, principalmente se a mãe estiver nas primeiras 7 semanas de gravidez. Nestes casos, é necessária uma 2ª coleta, no mínimo após 2 semanas, para obter-se um resultado definitivo. 


E se a mulher recebeu transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem? 

Neste caso o exame não é indicado, pois o mesmo acusará um resultado positivo para menino, que pode não ser verdadeiro. 


O teste pode indicar alguma anomalia no feto? 

Não, o diagnóstico precoce e não-invasivo de anomalias através deste tipo de teste ainda está em estudo. 




Matéria atualizada em 30 de maio de 2010