sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Estudo sobre mulheres que sofrem abortos sucessivos

Esta é uma notícia retirada do site da Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Muito interessante pois poderá ser um indicativo para o estudo de novos medicamentos que auxiliem no tratamento das mulheres que sofrem de sucessivos abortos espontâneos.

Identificados sinais moleculares que tornam mulheres mais propensas ao aborto

Cientistas do Reino Unido identificaram sinais moleculares que controlam se os embriões são aceitos pelo útero, e que parecem funcionar de forma anormal em mulheres que sofrem abortos repetidos.
A pesquisa, realizada no Imperial College London, sugere que estes sinais podem ser alvos para drogas que ajudam a prevenir o aborto em mulheres que são particularmente vulneráveis.

O trabalho foi publicado na revista Plos One. 

No início da gravidez, o embrião fertilizado deve se incorporar na parede do útero. O útero é apenas receptivo aos embriões de poucos dias em cada ciclo menstrual, garantindo que os embriões só podem implantar na fase certa do desenvolvimento. Atualmente os cientistas sabem apenas alguns detalhes sobre os processos biológicos que controlam quando um embrião pode ser implantado.
No atual estudo, os pesquisadores analisaram os sinais químicos produzidos por células humanas retiradas do revestimento do útero e cultivadas em laboratório. Eles identificaram um papel fundamental para uma molécula chamada IL-33, que segrega as células durante a fase receptiva e influencia a atividade das células vizinhas.

Normalmente, os efeitos de sinais químicos de IL-33 e outros na mucosa do útero são de curta duração, o que ajuda a assegurar que a mulher possa conceber apenas durante uma janela estreita. Em células de mulheres que sofreram três ou mais abortos, no entanto, níveis elevados de IL-33 continuam a ser secretados por 10 dias, o que sugere que a receptividade do útero não é controlada adequadamente nestas mulheres.
O estudo também analisou os efeitos destes sinais moleculares sobre a fertilidade em camundongos. Os pesquisadores trataram os úteros de camundongos com substâncias químicas secretadas por células do revestimento do útero humano. Eles descobriram que as substâncias químicas produzidas por células de mulheres com abortos repetidos estendeu o tempo durante o qual ratos podem engravidar, mas também tornou os abortos mais prováveis.

Os investigadores concluem que uma janela de fertilidade prolongada aumenta o risco de embriões implantados anormalmente. Além disso, está associada com inflamação no revestimento do útero, que compromete o desenvolvimento de embriões saudáveis.
"Nosso estudo sugere que em mulheres que tiveram abortos sucessivos, os mecanismos que controlam se o útero pode aceitar um embrião não funcionam corretamente. Isso pode significar que elas podem engravidar com embriões de má qualidade, ou que o embrião se implanta em um ambiente insalubre, o que comprometeria seriamente as chances de uma gravidez bem sucedida", explica o autor do estudo Madhuri Salker.

De acordo com os pesquisadores, os sinais moleculares que identificamos são conhecidos por estarem envolvidos em uma série de doenças, incluindo Alzheimer, asma e doenças cardíacas. "As descobertas sugerem que a segmentação dessas moléculas também pode ser uma estratégia promissora para o desenvolvimento de tratamentos que possam impedir abortos espontâneos em mulheres que são especialmente vulneráveis", concluem.

sábado, 12 de janeiro de 2013

20 questões sobre o diabete gestacional

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Uma das preocupações necessárias das mães durante a gestação é controlar o consumo do açúcar, para que não venham a desenvolver o famoso diabete gestacional. Com isso, selecionamos o artigo da Bebe.com.br que esclarece alguns pontos importantes sobre o assunto.


1. O que é diabete gestacional?
“É o aumento dos níveis de açúcar no sangue na gravidez”, esclarece Lenita Zajdenverg, endocrinologista e nutróloga responsável pelo acompanhamento de gestantes diabéticas da Maternidade Escola do Hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na maior parte dos casos, o problema, que afeta cerca de 7% das mulheres, aparece depois do segundo trimestre e, uma vez diagnosticado, persiste até o fim da gestação.

2. Por que esse tipo de problema pode ocorrer durante a gestação?
A placenta produz diversos hormônios que podem bloquear parcialmente a ação de insulina, a substância responsável pelo transporte do açúcar do sangue para dentro das células. “Na maioria das mulheres, o pâncreas reage a essa situação liberando mais insulina para superar essa resistência”, explica Lenita Zajdenverg. Mas em pacientes com o diabete gestacional, é como se a glândula não desse conta do recado. Em outras palavras, a produção de insulina é insuficiente para que o corpo processe adequadamente o excedente de glicose que está na circulação. Daí, conforme as semanas de gravidez avançam e a placenta cresce, eleva-se o risco do diabete surgir.

3. Quais são os sintomas?
Se a futura mãe não estiver altamente descompensada, ou seja, com as taxas de açúcar no sangue muito elevadas, ela não vai ter nenhum sinal do problema. “Somente em casos mais extremos a doença pode gerar mal-estar, cansaço e muita sede”, observa Eduardo Slotnik, obstetra especialista em gravidez de alto risco do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Além disso, os efeitos tradicionais da doença se confundem com sensações bem familiares às futuras mamães, como fadiga, apetite elevado e aumento das escapadas ao banheiro para fazer xixi.

4. Algumas mulheres estão mais propensas ao diabete gestacional?
Sim. De acordo com Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, estão mais propensas ao problema as gestantes obesas ou que engordaram em demasia ao longo da gravidez, as portadoras de ovário policístico e aquelas com histórico de diabete na família. Também fazem parte desse grupo mulheres cujo primeiro bebê nasceu muito acima do peso.

5. Como é o diagnóstico da doença?
O problema é detectado por meio de um exame de sangue, feito em torno da 24ª semana. Alguns médicos defendem que todas as gestantes devem fazê-lo, outros especialistas acreditam que ele deve ser restrito a aquelas com propensão ao mal. “Se for constatado o diabete, o acompanhamento deve ser mais específico e inclui avaliações periódicas e mais detalhadas, como a curva glicêmica”, explica Alexandre Pupo. Nesse exame, a gestante bebe uma espécie de concentrado de glicose. Em seguida, de hora em hora, colhe-se uma amostra de seu sangue para checar quanto tempo o açúcar demora para desaparecer da corrente sanguínea. Assim, uma hora depois de o líquido ser ingerido, o nível de glicose não deve ultrapassar 180 mg/dl. Duas horas depois, essa valor não deve ultrapassar o limiar de 155 mg/dl. Por fim, após três horas, deve ser menor do que 140 mg/dl. O crescimento acelerado do bebê ou o aumento do líquido aminiótico, diagnosticados por meio do ultrassom, também podem indicar a presença do excesso de açúcar no sangue.

6. Como é o tratamento?
“A maior parte das mulheres que têm diabete gestacional consegue controlar as taxas de açúcar apenas com dieta e, se não houver contra-indicação, com a prática de uma atividade física”, esclarece Lenita Zajdenverg. Apenas 20% delas precisam fazer uso de insulina, que é um tratamento seguro e não afeta nem a mãe nem o bebê. “Tudo depende do grau do problema. Se as taxas de açúcar estão pouco alteradas não é preciso entrar com remédios”, explica o ginecologista Eduado Slotnik.

7. E como fica o tratamento de quem já era diabética?
“A paciente que já era diabética e fazia uso de remédios como os hipoglicemiantes orais deve trocar a medicação para a insulina antes mesmo de engravidar. Isso porque esses medicamentos são contra-indicados para o período”, ressalta Alexandre Pupo. Por isso a importância de ela ter uma gravidez planejada: “No momento da fecundação as taxas de açúcar devem estar bem controladas, porque esse deslize pode provocar a malformação do bebê”, completa Lenita Zajdenverg. Fora isso, a filosofia de tratamento é a mesma: cuidar da alimentação e evitar o sedentarismo.

8. É verdade que a grávida diabética contrai infecções com maior facilidade?
Depende. Se o diabete estiver controlado isso não acontece. As infecções geralmente ocorrem em pacientes que estão com as taxas de açúcar muito elevadas.

9. O problema desaparece depois do parto?
Sim. Os níveis de açúcar costumam se normalizar de três dias a uma semana após o nascimento do bebê, já que a causa do problema (a gravidez em si) já não existe.

10. Quem teve diabete gestacional corre maior risco de se tornar diabética com o passar dos anos?
Sim. O fato de a mulher ter tido a doença durante a gravidez serve de alerta para que mantenha uma vida saudável, evite ganhar peso e pratique alguma atividade física. Afinal, o pâncreas, que é o responsável pela liberação da insulina, já avisou de que talvez não consiga lidar a contento com o excesso de açúcar no corpo.

11. Existe alguma restrição em relação à amamentação?
Não. “A mãe pode ter um leite com um pouco mais de açúcar. Mas isso não é muito preocupante e não demora a se estabilizar”, diz Alexandre Pupo.

12. Durante a gestação o bebê corre algum risco?
“Dois terços do açúcar da mãe vão para o bebê. Essa dose extra de glicose sobrecarrega o pâncreas da criança que, então, começa a produzir mais insulina” explica Paulo Nader, presidente do Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Para completar, a insulina, além de processar o açúcar do sangue, é um hormônio anabólico, ou seja, ele promove o crescimento de alguns órgãos e tecidos. Dessa forma, níveis elevados dessa substância vão interferir diretamente no desenvolvimento do feto, que pode se tornar um bebê com um tamanho acima da média. Felizmente, a maioria dos casos de diabete gestacional evolui bem.

13. É verdade que o peso exagerado do recém-nascido nem sempre é um bom sinal?
Sim. Nem todo bebê gordinho e rechonchudo é saudável. Os filhos de mães que tiveram diabete gestacional descontrolado, além da gordura subcutânea em excesso, desenvolvem, por assim dizer, órgãos agigantados, especialmente o fígado e o coração. “Um recém-nascido com um coração hipertrofiado corre o risco de ter problemas de circulação e dificuldades para bombear o sangue”, alerta Paulo Nader.

14. É preciso ter algum cuidado adicional na hora do parto?
Na verdade, os cuidados se concentram ao longo da gestação, antes, portanto, do nascimento do pequeno. É com esse acompanhamento que a mãe vai garantir a saúde do bebê e dela própria. O certo é que o diabete não vai interferir na escolha entre a cesariana ou o parto normal. Essa decisão depende de fatores alheios ao problema. Mas vale lembrar: o tamanho do bebê é uma variável importante nesse momento, porque se ele for grande demais dificilmente virá ao mundo por meio de parto normal. “A equipe médica deve ser avisada sobre a condição da mãe e a glicemia avaliada. De resto, os procedimentos na hora do parto são semelhantes aos adotados em situações consideradas normais”, explica o ginecologista obstetra Eduardo Slotnik.

15. Como devem ser os cuidados com o bebê logo após o parto?
O filho de uma mãe diabética recebeu doses elevadas de açúcar durante a gestação. Para equilibrar essa condição, seu pâncreas produziu mais insulina do que o habitual. Assim que ele sai do ambiente uterino, para de ser alimentado com esse grande volume de glicose e pode apresentar um quadro de hipoglicemia. Se isso acontecer, o bebê é medicado para que o açúcar no seu sangue entre em equilíbrio.

16. É verdade que esse bebê tem maior probabilidade de ter icterícia?
Sim. A icterícia acontece por conta do excesso de bilirrubina, o que dá à criança um aspecto amarelado. Essa substância é um produto do metabolismo da hemoglobina, um dos principais componentes do sangue. O distúrbio é comum em filhos de mulheres cujo diabete gestacional não foi controlado corretamente. “Pelo crescimento exagerado da criança ela acaba precisando de mais sangue e, assim, de mais hemoglobina”, conta Paulo Nader.

17. O bebê também pode ter mais problemas respiratórios?
Sim. Os problemas respiratórios do bebê são uma consequência do tamanho exagerado da criança ao nascer e do descompasso na adaptação do corpo –a insulina pode colaborar para uma hipertensão pulmonar.

18. Quais as chances dessa criança ter diabete no futuro?
A mulher que tem diabete antes da gravidez corre mais risco de passar a condição para seus descendentes. “O pâncreas desse bebê foi estimulado durante toda a gestação. E é constatado que com isso ele terá mais facilidade em desenvolver obesidade e diabete mais tarde”, explica Paulo Nader. Esse risco, no entanto, vai depender também de outros fatores, como o estilo de vida sedentário.

19. Há risco de o diabete gestacional se manifestar novamente em uma mulher que já teve esse quadro?
Sim. Ela correrá seis vezes mais risco de desenvolver o problema novamente porque o pâncreas, que é o responsável pela liberação da insulina, já deu sinais anteriormente de que talvez não consiga lidar com o excesso de açúcar no corpo.

20. Dá para reduzir o risco de desenvolver o problema?
Sem dúvida. Uma estratégia de prevenção certeira se dá por meio da adoção de uma dieta saudável e da prática regular de alguma atividade física.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Alimentos perigosos para as crianças

Voltando ao assunto alimentação, onde no post Meu filho não come! falamos sobre a dificuldade que algumas mães encontram em fazer seus filhos comerem, hoje compartilhamos o artigo da CRESCER, que contou com a elaboração de uma lista de alimentos pela Sociedade Brasileira de Pediatria; alimentos estes que, de alguma forma, podem ser arriscados para as crianças.



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CRESCER pediu para a Sociedade Brasileira de Pediatria preparar uma lista com os alimentos que podem representar algum tipo de risco para o seu filho, seja pelo perigo de engasgar ou de comer algo contaminado. A ideia não é radicalizar nem banir os itens dessa lista de vez das refeições. É para você olhá-los com um cuidado ainda maior. Confira : 
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1- Amendoim

O maior perigo não é comer, mas seu filho aspirar um amendoim. Mas existem outros riscos: se uma criança coloca muitos na boca de uma vez só, ou se come rápido demais, há mais chances dela engasgar com um amendoim que não foi mastigado direito. Do ponto de vista nutricional, esse é um grão com muita gordura saturada, que é mais difícil de eliminar do corpo e a responsável por problemas como, por exemplo, hipertensão – mas isso apenas em casos extremos. Ele também é o que mais causa alergia alimentar nos Estados Unidos. Quando você oferecer ao seu filho, sirva poucos - e de pouquinho.

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2- Azeitonas e caroços 

Se você tem crianças em casa, prefira comprar azeitonas sem caroço. A possibilidade de elas morderem com força demais a azeitona e quebrarem ou lascarem um dente danificado existe sim. Isso sem falar no risco de engasgar. No caso de frutas com caroço, como a ameixa, é preferível servi-las já cortadas. Para as crianças que já comem bem sozinhas, uma boa recomendação para tomar cuidado deve ser o suficiente. 
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3- Balas

Balas são uma verdadeira paixão entre as crianças. São coloridas, docinhas, e têm um monte de sabores deliciosos. Mas é bom ficar de olho nos pequenos para ter certeza de que não estão indo com muita vontade ao pote. Por serem feitas de açúcar, elas podem provocar cáries - principalmente as balas mastigáveis, que costumam grudar nos dentes. Além disso, morder uma bala dura pode até mesmo comprometer a integridade dos dentes - e garantir uma visita especial ao dentista.



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4- Bolachas e salgadinhos

Alimentos industrializados ricos em gordura, açúcar e sal trazem sérios riscos para as crianças, que podem sofrer com obesidade, hipertensão, colesterol ou triglicédides. Mais uma vez, a solução é não cometer exageros. Deixe a bolacha e o salgadinho para o fim de semana.


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5- Fígado e outras vísceras

O fígado é o órgão responsável por eliminar toxinas do corpo, daí a possibilidade de que ele tenha uma alta concentração de substâncias estranhas ao organismo da criança. A boa notícia é que a maior parte delas é termosensível, o que significa que, se o fígado for bem cozido, as chances de infecção alimentar são mínimas. Vale lembrar que essa é uma das carnes mais ricas em ferro, nutriente essencial para evitar a anemia (falta de células vermelhas no sangue).





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6- Mel

Não é só uma recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, mas também da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o mel não deve ser dado a crianças antes de um ano de idade. Segundo a SBP, é ainda melhor esticar esse prazo até os dois anos porque o mel pode estar contaminado com uma bactéria que causa o botulismo , doença que ataca o sistema nervoso e compromete o funcionamento dos músculos. Veja aqui mais informações.


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7- Ovo mal cozido

Quando for servir ovos em casa, garanta que eles estejam bem cozidos ou, se fritos, com a gema durinha. Cozinhar ou fritar bem os ovos afasta o perigo da contaminação por salmonela, doença que poder causar dores de barriga, diarreia e febre. No caso das crianças, que têm o sistema imunológico em formação, é até possível que haja algumas complicações e a necessidade de ir para o hospital.

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8- Peixes com espinhos

Nesse caso, engasgar com os espinhos é a grande preocupação. Se seu filho já se alimenta bem sozinho, oriente-o a comer o peixe aos poucos, em pedaços pequenos, mastigando muito bem e sem pressa. Se ele for pequeno, é a sua atenção que deve ser redobrada. Tire todos os espinhos que você encontrar antes de servir. Também é importante conhecer bem a qualidade do local onde você compra peixe. Não custa lembrar que ele precisa aparecer na mesa da sua casa por, no mínimo, três vezes por semana. Afinal, os benefícios dele ao nosso organismo são muitos. Peixes são recomendados para evitar o colesterol, ajudam no desenvolvimento cerebral das crianças e ainda são fontes fartas de proteína, minerais e vitaminas. 


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9- Pipoca

Doce, salgada, branquinha ou colorida, é difícil não gostar de uma pipoca quentinha – ainda mais se acompanhada de um filme muito legal. O grande problema está, na verdade, no risco de engasgar com uma delas. E nsine seu filho a comer devagar, em pequenas porções, e a mastigar bem cada bocado , lembrando que pipocas, no mundo ideal, elas só devem ser consumidas a partir de 4 anos.





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10- Refrigerantes

Além dos problemas mais conhecidos, como a obesidade e as cáries dentárias, os refrigerantes também trazem o risco de a criança desenvolver osteoporose quando mais velha. Os fosfatos presentes nas suas fórmulas aumentam a presença de fósforo no organismo, o que impede a absorção de cálcio, substância mais do que importante para a constituição dos ossos.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Qual o sexo do bebê?

Que mãe não se pegou pensando se está esperando um menino ou uma menina? A ansiedade dos meses iniciais, onde ainda não é possível saber o sexo do bebê, já pairou pela cabeça de quase todas as mulheres.

Para aquelas que não aguentam esperar alguns meses para descobrir a cor para decorar o quarto do bebê, existe a opção do exame de sexagem fetal, pela técnica PCR.

Segue um artigo do site Planeta Bebê que explica com detalhes este exame.





Sexagem Fetal

Matando a curiosidade mais cedo



Atualmente é raro encontrar casais que preferem esperar o momento do parto para satisfazer a curiosidade quanto ao sexo do bebê.

Cada vez mais, eles têm pressa em saber se o filho vai ser um menino ou uma menina, para o quanto antes lhe dar um nome, fazer planos, comprar o enxoval e até preparar e decorar o quarto tão sonhado.

Hoje, para a alegria dos pais, não é mais preciso esperar até a 17ª semana para fazer a ultra-sonografia com este objetivo. Com apenas um pouquinho de sangue da mamãe, com oito semanas de gestação, já é possível saber o sexo do bebê, independente da posição do feto para fazer a identificação. 

Após a grande descoberta do cientista chinês Y. Dennis Lo, de que no plasma materno existe DNA do feto, o biólogo molecular José Eduardo Levi, do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, realizou um estudo por seis anos para desenvolver um teste que identifica fragmentos do cromossomo Y no sangue materno. 
Estamos falando da Sexagem Fetal, um teste que, embora esteja sendo realizado desde 2003 aqui no Brasil, e ficando cada vez mais popular, ainda é desconhecido pela maioria dos casais. 

O teste é realizado através da análise do DNA fetal presente no sangue da mãe, pela técnica PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), isto é, a amplificação do DNA. 
Durante a gestação existe a passagem de uma pequena quantidade de células fetais para o sangue materno, através da placenta. O exame dessas células revela o sexo fetal por um procedimento não-invasivo e sem riscos, pois requer apenas a coleta de uma amostra de no máximo 20ml de sangue da mãe. A enorme sensibilidade da PCR permite detectar pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma materno. 

Este teste fundamenta-se na identificação de partes do cromossomo Y - aquele que determina o sexo masculino no ser humano - na circulação materna. Após a coleta, o plasma é separado e o DNA, isolado do mesmo, é submetido à reação de PCR com oligonucleotídeos iniciadores derivados do gene DYS14 específico do cromossomo Y. 
O método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro e com índices de acerto superiores a 99% a partir de 8 (oito) semanas de gestação. 

Trocando em miúdos, a Sexagem Fetal é um teste não-invasivo, com excelente grau de acerto, a mulher não precisa de nenhuma preparação especial (não há necessidade de jejum) e todas as grávidas podem se submeter a ele. 

Com uma pequena amostra do sangue da mãe pode se encontrar poucas quantidades de DNA do feto. A presença do cromossomo “Y” indica que é um menino e a ausência dele, uma menina. No caso de gêmeos, se forem idênticos, univitelinos, o resultado é válido para os dois fetos. Em gêmeos fraternos, bivitelinos, o resultado “Y”, significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas. 

O teste pode ser feito nos maiores hospitais e laboratórios do Brasil e o resultado sai em aproximadamente 5 dias úteis. 
O preço é salgado, em torno de R$300,00 a R$450,00, mas parece valer o alívio da curiosidade dos pais. 


Estatística brasileira publicada:



Devido aos dados da tabela acima, a idade gestacional mais apropriada para realização do teste é a partir da 8ª semana. 

Atualmente, a Sexagem Fetal serve apenas para a determinação precoce do sexo, entretanto, outras aplicações para o DNA fetal obtido a partir do plasma materno estão sendo pesquisadas, o que permitirá, no futuro, o diagnóstico não-invasivo de uma série de doenças, tais como a ß-talassemia (tipo hereditário de anemia), a acondroplasia (nanismo) e até a Síndrome de Down. 

Acredita-se que, num futuro bem próximo, testes desse tipo venham a substituir a amniocentese (coleta de amostra de líquido amniótico) e biópsia de vilo corial (amostra da placenta) para obtenção do cariótipo fetal. As dificuldades residem no fato de a quantidade de células fetais no sangue materno ser muito pequena e de difícil identificação. 
Também será possível a determinação do genótipo Rh (D) fetal com esta mesma metodologia. 




Alguns fatores que podem influenciar no resultado do teste:


Abortamento subclínico 

No caso do resultado encontrado ser um teste positivo para cromossomo Y (feto masculino) e posteriormente verificar-se ser um feto feminino, a possibilidade que deve ser levantada é se a mãe foi submetida a procedimento de hiperovulação e/ou fertilização “in vitro”, com gravidezes múltiplas (2 ou mais embriões). Nestes casos não é incomum que um ou mais embriões não sobrevivam; e já existem estudos mostrando que a detecção do DNA destes embriões pode persistir por até 2 semanas, depois de, por exemplo, um episódio de aborto. Se o embrião abortado for do sexo masculino, estará explicada a incoerência entre o resultado do teste de Sexagem Fetal e o sexo do feto em progressão. Outra explicação seria se a mãe houvesse recebido transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem. 


Causa desconhecida 

Para o resultado de sexo feminino, que posteriormente verifica-se ser uma gravidez de feto masculino, a explicação mais simples é a falta de sensibilidade do teste. Como a sensibilidade do teste é controlada para ser a mesma em todas as análises, provavelmente havia uma quantidade muito pequena de DNA fetal no plasma materno no momento da coleta, que o teste não foi capaz de detectar. Ainda não se sabe o que faz a quantidade de DNA fetal ser maior ou menor no sangue da mãe, por isso ainda não é possível levantar as causas deste tipo de falha. No entanto, é fato que a quantidade de DNA fetal vai aumentando com o avançar da gravidez; portanto, supõe-se que o tamanho do feto e a vascularização placentária relacionam-se diretamente com a quantidade de DNA fetal no plasma materno. 

Vale ressaltar que na prática estes erros são raríssimos. 




Dúvidas mais frequentes


Quanto custa este teste? 

O teste custa em torno de R$300,00 a R$450,00, dependendo do hospital ou laboratório. Nos laboratórios Elkis e Furlanetto e Delboni Auriemo de São Paulo, por exemplo, o valor está por volta de R$340,00. Já no Hospital São Luiz, o teste está saindo por aproximadamente R$300,00 e no Hospital Sírio-Libanês R$360,00, os dois também em São Paulo. 


Os convênios médicos cobrem este tipo de exame? 

Não, pois ele não é considerado um exame de rotina ou estritamente necessário na gravidez. 


Quanto tempo demora para sair o resultado? 

Na maioria dos hospitais e laboratórios o resultado do teste sai em 5 dias úteis. 


Quem pode fazer o teste? 

Qualquer mulher grávida pode se submeter a este teste. Porém, ele não detecta gravidez. Assim, se uma mulher que não estiver grávida fizer o teste, este apontará resultado de menina, pois apenas identificará a ausência de DNA masculino. 


A sexagem fetal pode ser feita sem pedido médico? 

Sim, como é um exame não-invasivo e sem riscos, não é necessária solicitação médica. 


Qual é a idade gestacional ideal para a realização do teste? 

O teste pode ser realizado em qualquer fase gestacional, mas os índices de acerto são maiores com o avançar da gravidez. Portanto, aconselha-se que o teste seja feito a partir da 8ª semana, pois desta idade gestacional em diante o acerto é de praticamente 100% . 


O fato de a gestante ter tido gestações anteriores de meninos ou meninas interfere no resultado? 

Não. Mesmo em casos de a gestante ter gestações anteriores de menino ou menina não há interferência no resultado, pois o DNA fetal é rapidamente eliminado da circulação materna horas após o parto. 


E se a gravidez for gemelar (gêmeos)? 

Para gêmeos univitelinos (idênticos) o resultado é válido para ambos. Para gêmeos fraternos (mais de uma placenta), se o resultado do teste for menino, isto quer dizer que ao menos um dos gêmeos é menino. Se o resultado do teste for menina, indica que ambas as gêmeas são meninas. 


Pode haver resultado inconclusivo? 

Sim, estudos preliminares indicam que 5% dos testes apresentam resultados inconclusivos, principalmente se a mãe estiver nas primeiras 7 semanas de gravidez. Nestes casos, é necessária uma 2ª coleta, no mínimo após 2 semanas, para obter-se um resultado definitivo. 


E se a mulher recebeu transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem? 

Neste caso o exame não é indicado, pois o mesmo acusará um resultado positivo para menino, que pode não ser verdadeiro. 


O teste pode indicar alguma anomalia no feto? 

Não, o diagnóstico precoce e não-invasivo de anomalias através deste tipo de teste ainda está em estudo. 




Matéria atualizada em 30 de maio de 2010